Mapas Caminhantes
Poesia do Tempo e da Terra16.00 €
Maurício Salles Vasconcelos sugere-nos, com este Mapas Caminhantes, uma viagem pela expressão da língua portuguesa, de África à Ásia, passando pelo continente europeu e pelo Brasil, através dos poetas escolhidos.
Poesia/Mapa/Caminhada
Quando a pessoa se descobre commuter livra-se dos condicionamentos – raça, família, aldeia, pátria, língua (o dentro e o fora impostos pela colonização) – e daí tem início a nova era das descobertas. O passado já não é revelado por um presente que segue. Revelação que começa no indivíduo e inaugura o processo do desconstruir aqueles mesmos condicionamentos, em superação ao seu dispor e prontos para serem revelados à circunstância imediata a partir da qual o planeta começa a ser visto. Operação genesíaca da linguagem, atualmente ancestral e necessária.
De maneira muito resumida é esse o tema de Maurício Salles Vasconcelos, poeta, romancista, crítico no sentido raro de rastreador das estruturas de sombras do seu próprio tempo visto na obra alheia e coletiva que vai adquirir um novo significado, uma nova existência que se apresenta. O crítico se percebe como um coletador de sinais esparsos, cada um à espera de um sentido que está ali, pulsante, mas oculto até o clique no circuito poeta-poema-leitor. Raça, família, aldeia, pátria, língua, formam novas configurações nas quais estão entranhadas em seus vínculos globais. Aí está a tarefa gigantesca desse coletador contemporâneo, passageiro entre passageiros em sintonia real.
Salles Vasconcelos, de brasileiro, torna-se cidadão da língua portuguesa, que se mostra um grande espelho onde ele se vê multiplicado em imagens únicas e intercambiáveis, ao mesmo tempo em que vazam pelas bordas habitando um espelho contínuo e circular de toda a coletividade humana. Como rastrear os vasos comunicantes dentro de uma espiral que move simultaneamente para cima e para baixo entre continentes, mares, desertos, geleiras, florestas, favelas, megalópoles, aldeias etc? Simples, e complicado: voltar o foco para a poesia que brota desse caleidoscópio e, sem tentar enquadramentos, partindo para o novo desafio: captar na individualidade e no coletivo. O autor sugere uma viagem pela expressão do português africano, brasileiro, europeu, asiático, tal como ela se configura e se identifica em cada um dos poetas escolhidos, ou que se impuseram por si próprios, tornando-se necessários.
É esta a descoberta urgente da hora: cada detalhe em seu desdobramento e não o contrário, em que o universal se dá a partir do processo (não mais embasado em universalismos). O DJ (apreendido na escrita de Ricardo Domeneck por Mapas Caminhantes) pode ser a projeção de Virgílio na Divina Comédia Contemporânea, na Poesia do Tempo e da Terra.
Moacir Amâncio
Peso | 392 g |
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Dimensões (C x L x A) | 150 × 1 × 230 cm |
Editora | Edições Esgotadas |
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