Em Busca De Uma Maneira

Hoje, a poesia serve-se Em Busca de uma Maneira, que é em si o anúncio, o pronúncio, de que Francisco Peixoto não desistirá de nos plasmar poesia noutros livros, desejáveis, até ao desastre da perfeição (Sabes ao que me refiro?), na estira do que escreve Eduardo Lourenço em Seculo de Ouro, O que é um poeta? Uma maneira de ser mundo e um modo inédito de o dizer.

Estamos, pois, perante um livro no auge da escrita de Francisco Peixoto, uma leitura necessária, em nome da claridade que se insinua por entre as silabas e nos recomenda a viver à luz da paixão que vivemos, vivemos, ou viveremos, em nome dos pretéritos indicativos que se conjugam.

E em nome disto, FP escreve esta maravilha (Os meus sons Privados)

Sujíssimo o aparo da minha caneta, depredador de mim, quase sempre que me lembro de ti tivéssemos tido algum obliquo agouro a irrigar o tempo de realizar a libação serpenteada do encosto de alma a prosseguir o que permanece aceso dentro de mim. (Os meus sons privados)

In Prefácio